terça-feira, 30 de dezembro de 2025

Corinthians 2001

 O período foi de muitas mudanças  — dá pra sentir como 2001–2002 do Corinthians foi um turbilhão mesmo. Seu texto captura bem o clima de montanha-russa: elenco experiente, conflitos internos, técnico trocando, títulos misturados com frustração.

Alguns pontos pra organizar e complementar o que você colocou (sem tirar o mérito da análise):

2001: caos, brilho e rachaduras

O início do Paulista com Dário Pereira foi realmente assustador. A chegada do Luxemburgo muda tudo: arruma o time, dá confiança e extrai o máximo dos medalhões.

Marcelinho Carioca foi decisivo no Paulista, especialmente nas fases finais. Mesmo já em declínio físico, ainda decidia jogos grandes.

Ricardinho talvez tenha sido o jogador mais “completo” daquele time: intensidade, chegada na área e protagonismo. A semifinal contra o Santos é um dos jogos mais emblemáticos daquele Corinthians.

A briga Marcelinho x Ricardinho foi um divisor de águas. A saída do Marcelinho para o Santos foi realmente traumática e apagada — quase um “não-lugar” na carreira dele.

A final da Copa do Brasil 2001 expôs o limite do time: o Grêmio do Tite era mais organizado, mais intenso e num projeto claramente em ascensão.

Brasileiro de 2001: sobrevivência

Com o elenco desmontado e o ambiente pesado, o Corinthians passou o campeonato tentando não cair, o que era impensável poucos meses antes.

O Luxemburgo caiu muito mais pelo contexto geral do que só pelos resultados, mas a conta chegou.

2002: menos nome, mais time

A chegada do Parreira foi exatamente isso que você disse: correção tática, jogo mais racional, menos dependência de individualidades.

O Corinthians de 2002 não era brilhante, mas era competitivo e consistente.

Copa do Brasil 2002: título merecido.

Brasileiro 2002: aquele vice dói até hoje. A final foi improvável, e o Santos soube aproveitar como ninguém o talento da base — o Robinho decidiu num nível que poucos jogadores conseguiram decidir finais no futebol brasileiro.

Dá pra argumentar, sem exagero, que sem aquele Santos jovem e ousado, o Corinthians teria grandes chances de ser campeão brasileiro.

Parreira e Seleção

O trabalho no Corinthians foi, sim, um dos fatores que credenciaram o Parreira para voltar à Seleção no ciclo 2006.

Aí é uma outra história.



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