O período foi de muitas mudanças — dá pra sentir como 2001–2002 do Corinthians foi um turbilhão mesmo. Seu texto captura bem o clima de montanha-russa: elenco experiente, conflitos internos, técnico trocando, títulos misturados com frustração.
Alguns pontos pra organizar e complementar o que você colocou (sem tirar o mérito da análise):
2001: caos, brilho e rachaduras
O início do Paulista com Dário Pereira foi realmente assustador. A chegada do Luxemburgo muda tudo: arruma o time, dá confiança e extrai o máximo dos medalhões.
Marcelinho Carioca foi decisivo no Paulista, especialmente nas fases finais. Mesmo já em declínio físico, ainda decidia jogos grandes.
Ricardinho talvez tenha sido o jogador mais “completo” daquele time: intensidade, chegada na área e protagonismo. A semifinal contra o Santos é um dos jogos mais emblemáticos daquele Corinthians.
A briga Marcelinho x Ricardinho foi um divisor de águas. A saída do Marcelinho para o Santos foi realmente traumática e apagada — quase um “não-lugar” na carreira dele.
A final da Copa do Brasil 2001 expôs o limite do time: o Grêmio do Tite era mais organizado, mais intenso e num projeto claramente em ascensão.
Brasileiro de 2001: sobrevivência
Com o elenco desmontado e o ambiente pesado, o Corinthians passou o campeonato tentando não cair, o que era impensável poucos meses antes.
O Luxemburgo caiu muito mais pelo contexto geral do que só pelos resultados, mas a conta chegou.
2002: menos nome, mais time
A chegada do Parreira foi exatamente isso que você disse: correção tática, jogo mais racional, menos dependência de individualidades.
O Corinthians de 2002 não era brilhante, mas era competitivo e consistente.
Copa do Brasil 2002: título merecido.
Brasileiro 2002: aquele vice dói até hoje. A final foi improvável, e o Santos soube aproveitar como ninguém o talento da base — o Robinho decidiu num nível que poucos jogadores conseguiram decidir finais no futebol brasileiro.
Dá pra argumentar, sem exagero, que sem aquele Santos jovem e ousado, o Corinthians teria grandes chances de ser campeão brasileiro.
Parreira e Seleção
O trabalho no Corinthians foi, sim, um dos fatores que credenciaram o Parreira para voltar à Seleção no ciclo 2006.
Aí é uma outra história.

Nenhum comentário:
Postar um comentário