No final dos anos 1990, o Vasco da Gama precisava de um substituto para o veterano e até pouco tempo antes selecionável Carlos Germano. Foi então que Helton surgiu debaixo das balizas do Cruzmaltino. Tinha pouco mais de 20 anos quando assumiu a titularidade vascaína.
"Tive uma passagem pelo Flamengo, em que já tinha sido aprovado. Mas, na época de Carnaval, caí de uma árvore e fiquei em coma. Disseram que eu não iria jogar mais futebol [...] Foi quando eu apareci no São Cristóvão, fiz um teste, passei também e, curiosamente, num jogo com o Vasco da Gama, tive um olheiro de lá que pediu para que eu lá fosse e aí fiquei por lá", contou ao portal lusitano Bola na rede.
Em 2003, no entanto, optou por seguir um caminho um tanto inusual para alguém com a sua projeção, assinando com o União Leiria. Seria duas temporadas e meia defendendo a meta dos Lis, até ser contratado para o clube que mais marcou a sua vida. O Porto, a exemplo do Vasco lá atrás, vivia uma transição. Era Vítor Baía quem se retirava de cena naquela altura.
"Ninguém nasce titular, eu nasci para trabalhar. Dentro disso, senti-me orgulhoso por conquistar essa oportunidade de trabalhar num dos maiores clubes da Europa. Depois com o decorrer do tempo, a ficha vai caindo, e vamos assumindo esse comprometimento e responsabilidade que tem de haver em cada atleta".
Seriam 11 temporadas defendendo os Dragões, anos recheados de títulos e companhias qualificadas, como, por exemplo, as de Hulk e Falcao García, com os quais seria campeão da Liga Europa. Helton iria além, tornando-se inclusive capitão da equipe num dado momento. O único momento mais difícil foi o da despedida, quando o arqueiro acabou suplantado por Iker Casillas.
"Hoje orgulho-me numa coisa que, independentemente da minha saída, eu tive e tenho: o carinho de muitos torcedores, inclusive torcedores que não são simpatizantes do FC Porto. Eles de alguma forma reconhecem o meu trabalho".
Helton se aposentou em 2016, depois de completar 334 jogos, e voltou aos campos brevemente em 2020 para ajudar o Leiria, que passava por um momento difícil.
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